sexta-feira, 25 de novembro de 2011

** PARA REFLETIR **

DEFICIÊNCIAS - MÁRIO QUINTANA
         "Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
          "Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
          "
Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
          "Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
          "Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
          "Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
          "Diabético" é quem não consegue ser doce.
          "Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
          "Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

** ADAPTAÇÕES ESTRUTURAIS E PEDAGÓGICAS **

A IMPORTÂNCIA DA INFRA-ESTRUTURA ESCOLAR
A infra-estrutura é muito importante para que sejam garantidas as pessoas com deficiência acesso a escola, liberdade de locomoção e livre circulação sem obstáculos. Essas condições são essenciais para que a pessoa se sinta contemplada com cidadania e dignidade, pois se trata de condições mínimas de vida.
Quando as crianças, jovens e qualquer outra pessoa com deficiência têm acesso à educação, colabora-se para que se diminua o preconceito e fortalecem princípios, fundamentos e objetivos contemplados pela Carta Magna. O número de pessoas portando algum tipo de deficiência atinge 14% da população, além dos idosos com graves limitações. Esse é um número muito significativo e merece que haja mais atenção dos governos para lidar com a falta de estrutura. Pois, pela falta de estrutura traz conseqüências graves, pois acaba com as oportunidades dos deficientes de terem os mesmo direitos de qualquer cidadão e deslocamento e acesso a educação.
Infelizmente, a falta de acesso a educação causa um enclausuramento das pessoas com necessidades especiais em seus próprios lares, sem estudar, sem trabalhar, sem ter acesso ao lazer, deixando a pessoa totalmente excluída da sociedade. Por isso a importância de que todos tenham acesso a escola.

ACESSIBILIDADE DENTRO DAS ESCOLAS

Estrutura física:
·      No(s) primeiro(s) dia(s) de aula, encaminhe o deficiente visual às dependências do prédio para que ele possa se ambientar ou se familiarizar com a escola;
·      Piso tátil dentro da instituição é obrigatório e essencial. Assim como no item anterior, encaminhe o deficiente visual à todas as áreas que possuam pisto tátil para uma familiarização. Isso é regra, não é favor!
·      Piso de alerta e identificação de degraus nas escadas;
·      Elevador com aviso sonoro de andar, caso haja mais de um;
·      Inscrições em braille em todos os ambientes, na lateral das portas e, tanto quanto possível, inscrições ampliadas e com contraste. Não esqueça, a maioria dos deficientes visuais, não é cega e sim, baixa visão;
ESTRUTURA PEDAGÓGICA PARA ATENDER CEGOS E PORTADORES DE BAIXA VISÃO
         
É triste constatar através das pesquisas que falta ainda muito progresso para a inclusão de cegos na escola, inclusive por falta de recursos pedagógicos. Nas pesquisas tivemos dificuldades de encontrar a estrutura pedagógica para atendê-los. Acreditamos que deva ter, mas pouco se coloca em prática.
            Uma das formas que se trabalha com as crianças em sala de aula, é com a utilização do Braille. Precisa-se ensinar a criança a utilizar esse sistema, e apresentar textos em Braille para ela, além de que ela própria utilize dele para fazer suas anotações.
           
Depoimentos:

“(...) Mesmo estudando em escola para pessoas com deficiência visual, minha turma de pré-escolar tinha peculiaridades que mereciam trabalhos bastante diferenciados com cada aluno. (...) O que me chama a atenção é a maestria com que minha professora conduzia a turma, administrando as diferenças e respeitando a pecularidade de cada aluno. (...) Minha professora formulava exercícios que estimulavam o resíduo visual para os meus colegas e me estimulava o tato e a coordenação motora mediante atividades de desenho com giz de cera em papel liso, que pode ser percebido ao toque. Além disso, eu fazia atividades de percepção utilizando linhas Braille, em um livro que ensinava, através dessas linhas, a noção de princípio, meio e fim, bem como linhas com falhas no meio, para que eu as encontrasse, etc.
(...) cheguei ao vestibular com um conhecimento muito ruim sobre a construção e interpretação de gráficos, tabelas, esquemas e estruturas no caso da química orgânica. O despreparo só não foi maior porque algumas luzes brilharam no meu caminho, como a da minha professora de química do segundo ano do ensino médio, e meus professores de física de cursinho pré-vestibular, que tiveram paciência e dedicaram seu tempo para me ensinar a interpretar os gráficos representativos de movimentos e da parte de eletricidade, bem como a parte referente a ótica. Foi com o professor fazendo desenhos numa folha de papel apoiada sobre uma borracha macia que me fez aprender sobre o comportamento dos espelhos. Tudo isso com desenhos fáceis de compreender e que foram perfeitamente assimiláveis ao tato.”
(depoimento de um jornalista de Belo Horizonte/MG)

“ No princípio de minha aprendizagem, ainda em casa, quanto valeram para mim, aquelas sementinhas de paquevira, que me permitiram construir o alfabeto em pontos ampliados facilitando a aprendizagem das letras Braille.
A escassez de material no Instituto de Cegos há 40 anos, me fez utilizar até coquinhos, menores do que um ovo, para mostrar a célula Braille a alunos iniciantes. Assim, eles aprendiam rápido os pontos Braille.
Anos depois, montamos uma régua Braille com 10 celas, contendo uma 6 furos correspondentes aos pontos Braille. Pinos de alumínio representavam os pontos. Foi assim que construímos o Braille Móvel, que tem facilitado a aprendizagem.”
(depoimento de um professor especializado de Recife/PE)

** ALFABETIZAÇÃO DE DEFICIENTES VISUAIS **


ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

     O processo de educação para crianças cegas ocorre da mesma maneira como para a criança vidente. Suas principais diferenças estão na forma de percepção que possuem em relação às letras e números. A criança vidente pode ter contato com o mundo das letras através de fatores visuais enquanto que o aluno cego “vê”ou percebe as letras através do tato como no uso do sistema Braille. Os objetivos são os mesmos no entanto, os caminhos utilizados são diferentes.
A alfabetização convencional de crianças cegas é feita através do aprendizado do método Braille.  Este método permite que uma pessoa cega seja capaz de ler e escrever textos utilizando apenas os dedos, através de um código de 6 pontos inventado no século passado por Louis Braille.  O processo de alfabetização visa, obviamente, o treinamento da leitura com os dedos, e a produção manual de textos em Braille, através de uma prancheta com ranhuras (reglete) sobre a qual se adapta uma régua com orifícios retangulares que servem como guia para que se produzam as 6 marcas com uma ponta de aço adaptada para manipulação conhecida como punção.

Os alunos cegos precisam desde pequenos viver em ambientes ricos em estimulação para que possa desenvolver as habilidades de:

·         Perceber, reconhecer, identificar, discriminar e localizar a gama variada de sons existentes;
·         Reconhecer, por meio de jogos; palavras começadas e terminadas pelo mesmo som;
·        Discriminar a identidade de sons em palavras que contenham rimas; De forma prática Garcia et al (2001) ainda reforçam que a forma como o professor precisa desenvolver a estimulação da criança cega durante as aulas deve atender os seguintes aspectos:
·         Explorar o maior volume possível de objetos
·         Identificação de tais objetos
·         Classificação quanto a forma, tamanho, textura;
Estabelecer diferenças entre:

·         Semelhança, diferença equivalência
·         Largura ( largo- estreito)
·         Posição (em cima – embaixo- entre linhas vertical/ horizontal;
·         Textura ( áspero/liso)
·         Distância longe/perto
·         Comprimento( longo- médio- curto)
·         Noção de conteúdo (cheio/ vazio)

Compreendendo a organização da página escrita:

·         Leitura da esquerda para a direita, deslizando a ponta dos dedos sobre a linha;
·         Linhas dispostas no papel de cima para baixo
·         Linhas com começo e fim;
·         Linhas completas
·         Linhas com espaços vazios
·         Linhas de tamanhos variados, pontilhados,
·         Oferecer um modelo e pedir que a criança identifique na linha traçada ou pontilhada.
·         Trabalhar os movimentos corretos das mãos no ato da leitura;
·         Conduzir a criança a estar com o dedo em permanente movimento;
·         Ler por meio de movimentos, contínuos, portanto as pausas minímas;
·         Ler letra por letra
·      Evitar movimentos desnecessários; de cima para baixo, de baixo para cima, regressivos.

A leitura, sendo um processo necessário no campo educacional o professor precisa escolher um método de aprendizado. Pode ser o sintético ou analítico.
Borges (2004, p 29 ) ressalta que o método sintético :
a) alfabético: ao aluno aprende as letras isoladamente, liga as consoantes às
vogais, formando sílabas, reúne as sílabas para formar as palavras e chega ao todo (texto);
b) fonético ou fônico: o aluno parte do som das letras, unindo o som da
consoante ao da vogal, pronunciando a sílaba formada;
c) silábico: o aluno parte das sílabas para formar palavras.
O método analítico :
a) palavração: nesse método o ponto de partida é a palavra. Os vocábulos são apresentados em seqüência e as dificuldades são sistematizadas. Somente depois de apresentados um determinado número de palavras, é que são formadas as frases.
b) Setenciação: esse método inicia-se pela frase, depois a divide em palavras, em seguidas são separadas as sílabas.
c) Conto e histórias (global): esse método é composto por várias unidades de leituras que apresentam começo meio e fim. Em cada unidade, as frases são ligadas pelo sentido de formar um enredo, havendo uma preocupação quanto ao conteúdo que deverá ser do interesse da criança.

Fonte: KRIK,Lucicléia e ZYCH, Anizia Costa. Alfabetização do educando cego: um estudo de caso. 2009

Bibliografias citadas:

 BORGES, Sandra Aparecida Ribeiro. O deficiente visual e o processo ensino-aprendizagem. Monografia de especialização. Universidade Estadual do Centro Oeste: Guarapuava, 2004.

GARCIA, Marilda; MORAES, Bruno; MOTA, Maria da Glória Batista da. Programa de
capacitação de recursos humanos do Ensino Vol. 1 Ministério da Educação: Brasília, 2001.lei 5.692/71

** BRAILLE **

BRAILLE- O que é isso?
Braille ou braile é um sistema de leitura com o tato para cegos inventado pelo francês Louis Braille no ano de 1827 em Paris.
O sistema de Braille aproveita-se da sensibilidade epicrítica do ser humano, a capacidade de distinguir na polpa digital pequenas diferenças de posicionamento entre dois pontos diferentes. Um cego experiente pode ler duzentas palavras por minuto

HISTÓRIA

Louis Braille nasceu a Coupvray (vila situada a proximidade da EuroDisney, em França) em 1809. Ele Perdeu a visão aos três anos. Quatro anos depois, ele ingressou no Instituto de Cegos de Paris. Em 1827, então com dezoito anos, tornou-se professor desse instituto. Ao ouvir falar de um sistema de pontos e buracos inventado por um oficial para ler mensagens durante a noite em lugares onde seria perigoso acender a luz, ele fez algumas adaptações no sistema de pontos em alto relevo.
Em 1829, publicou o seu método. O Braille é um alfabeto convencional cujos caracteres se indicam por pontos em alto relevo. O deficiente visual distingue por meio do tato. A partir dos seis pontos relevantes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, numeros, sinais matemáticos e notas musicais.
L. Braille morreu de tuberculose, em 1852, ano em que seu método foi oficialmente adotado na Europa e América

Origem: Wikipédia

** DEFICIENTES VISUAIS: QUANTOS SÃO? AONDE ESTÃO? **

POPULAÇÃO DE PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA VISUAL

Atualmente, estima-se que existam 180 milhões de deficientes visuais em todo o mundo, dentre os quais 45 milhões são cegas e 135 milhões apresentam algum tipo de baixa visão. A grande maioria dos casos de cegueira está presente nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.
Previsões atuais estimam que o número de pessoas cegas dobrará até o ano 2020. Isto se deve a fatores como o crescimento populacional mundial, com um aumento do número de pessoas acima dos 65 anos, além da falta de diagnóstico de algumas doenças crônicas como o glaucoma e de uma maior sobrevivência de bebês prematuros que podem vir a ter a retinopatia pediátrica, a segunda maior causa de cegueira infantil.
No Brasil, a falta de dados estatísticos e epidemiológicos confiáveis dificulta a avaliação real da extensão dos problemas visuais da nossa população. Os dados utilizados para esta avaliação vêm da OMS e não são originados de estudos epidemiológicos de base populacional local como é feito em alguns países desenvolvidos.
Segundo a OMS, a principal causa de cegueira no Brasil é a catarata, com aproximadamente 40% dos casos. Em seguida, aparecem como maiores causas o glaucoma com 15%, a retinopatia diabética com 7% e a cegueira na infância com 6,4%. A degeneração macular relacionada à idade, com 5% dos casos de cegueira, é somente a quinta maior causa de cegueira, diferentemente da proporção mundial onde ela aparece em terceiro lugar.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Censo 2000 contabilizou 148 mil cegos no Brasil, 57 mil apenas no Nordeste. A Bahia, com 15,4 mil pessoas, é o segundo estado brasileiro com maior número de deficientes visuais. Perde apenas para São Paulo, onde vivem 23,9 mil cegos. O detalhe é que mais de 16 milhões de pessoas declararam ter algum tipo de dificuldade de enxergar. Desses, estima-se que 2 milhões têm baixa visão.

** FORMAÇÃO DE PROFESSORES **



PROFISSIONAIS TAMBÉM NO ATO DE INCLUIR
  Qualquer educador para atuar na formação de pessoas necessita de uma preparação acadêmica que o possibilite agir de forma eficaz no processo de ensino e aprendizagem.
 Esta formação por sua vez pode ser requerida através da pedagogia, letras, educação física, entre outras áreas conforme a pretensão do profissional.
  Com a educação de cegos não é diferente.  Acreditamos que além da formação como professor, o profissional que pretende atuar nesta área precisa entender e conhecer as dificuldades dos seus alunos para assim, favorecer uma educação que desenvolva as capacidades do aluno e não simplesmente cumpra com o papel da inclusão.
   Conforme discute o autora RIBEIRO (2001), existe uma importância de treinar a criança globalmente para a programação educacional, ao invés de fazê –lo de forma limitada, a partir de uma definição precoce de sua deficiência.
    Partindo desta importância, podemos encontrar hoje cursos que possibilitem uma formação voltada direta para este profissional, abrangendo diversos aspectos como:
·           FUNDAMENTOS TEÓRICOS;
·           POLÍTICAS DE INCLUSÃO;
·           DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM DO DEFICIENTE VISUAL;
·           METODOLOGIA E ESTIMULAÇÃO ESSENCIAL;
·           ENSINO E APRENDIZAGEM DO SISTEMA BRAILLE E SOROBAN
·           PRÁTICAS ESPORTIVAS ADAPTADAS
·           METODOLOGIA E RECURSOS PARA EDUCAÇÃO DO CEGO
·           TECNOLOGIAS ASSISTIVAS E ACESSIBILIDADE
·           Entre outros.

A busca por essa formação não significa apenas um acréscimo ao currículo do educador, mas sim uma formação qualificada deste para atuar com a deficiência do aluno cego.
Por muita das vezes limitamos o aluno a sua deficiência e deixamos de lado as suas possibilidades.  Por isso acreditamos que a formação do profissional se torna determinante para um resultado satisfatório neste processo ensino e aprendizagem do aluno cego.

** TECNOLOGIAS E MATERIAIS À FAVOR DA INCLUSÃO **

TECNOLOGIA ASSISTIVA

Tecnologia assistiva pode ser entendida "uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey • Assistive Technologies: Principles and Practices • Mosby – Year Book, Inc., 1995).
Iremos apresentar a seguir algumas destas tecnologias que visam como o próprio conceito já diz: diminuir as dificuldades presentes no cotidiano que aqui no caso dos deficientes visuais vivenciam.
Aparelhos:
·      Batizado de Auire, o aparelho é portátil e serve para identificar cores de objetos e notas de dinheiro. (http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=aparelho-identifica-fala-cores-deficientes-visuais&id=010110100202)
·      BrainPort:aparelho onde os cegos contam com a ajuda da língua para enchergar.
·      A linha S-1 é composta de quatro softwares: NNTextReader ou Scanner Leitor portátil (Slep); NNColor_ID, que faz a identificação de cores; o NNMoney_ID, que identifica cédulas monetárias e o NNLight_ID, que informa o nível de luminosidade de um ambiente. Cada solução acrescida ao celular significa menos um equipamento que o deficiente visual precisará carregar. (http://www.cienciaecultura.ufba.br/agenciadenoticias/noticias/destaques/aplicativos-de-celulares-facilitam-vida-de-deficientes-visuais/)
· Sorobã:  Ábaco japonês que foi adaptado para o uso de deficientes visuais é muito eficiente, além de ser de baixo custo tem longa duração a realização das operações matemáticas (adição, subtração, multiplicação, divisão, radiciação, potenciação )

Sistemas:

Sobre os sistemas de computadores voltados para os deficientes visuais aqui no Brasil:
· DOSVOX: Sistema de Síntese de voz para a língua portuguesa; Impressor formatador para Braille; Programas para os deficientes visuais que auxiliam no preenchimento de cheques, caderno de telefones e outros.
·  VIRTUAL VISION: É característico deste programa maior facilidade de navegar na página da Web no Internet Explorer e outros
·  JAWS: Facilidade na instalação do mesmo e qualquer cego podem trabalhar tranqüilamente no computador usando as teclas de atalho.

Notícias:
·      Em notícia de acordo com a redação agencia@cienciaecultura.net atualizado em 19 de julho de 2011 as 14h06min sobre recursos audiovisuais temos que:
“A partir de julho deste ano, TVs abertas brasileiras que utilizam tecnologia digital, passam a disponibilizar, no mínimo, duas horas semanais de sua programação com o recurso da audiodescrição para telespectadores cegos.” Recurso este que se tornou obrigatório desde a promulgação da Portaria 188/2010, do Ministério das Comunicações.
·   Em notícia do http://blogs.diariodonordeste.com.br/zonacyber/mundo/designer-cria-smartphone-para-deficientes-visuais-com-teclado-em-braile/,%20foi criado pelo designer Shikun Sun o smartphone para deficientes visuais com teclado em Braille.

·     “Cientistas desenvolvem mouse para cegos”. LEICESTER, Inglaterra (Reuters) - Cientistas à procura de meios para que os cegos aproveitem melhor os computadores desenvolveram um mouse tátil e combinaram o dispositivo com representações sonoras de recursos gráficos.”a notícia na íntegra no site: http://info.abril.com.br/aberto/infonews/092002/09092002-7.shl

Jogos:

·      Boneco Cão-Guia FICHA TÉCNICA Características: Boneco de peluche, simbolizando um cão-guia, de cor castanha, com arnês rígido e trela de pele. Vem também com uma pequena bengala branca com refletor vermelho. Ideal para divulgar e familiarizar as crianças com a função de apoio à mobilidade do cão e da bengala, para permitir uma saudável interação social entre crianças com alguém utilizador de cão-guia na família, e ainda para, nos jardins de infância, ter um brinquedo que permita desenvolver conversas sobre integração, em situações de turmas integradas. Peluche lavável à mão. Não recomendado para crianças abaixo dos 3 anos.

·      Boneco Didático Braillin FICHA TÉCNICA Características: O boneco Braillin é um boneco clássico, feito em tecidos de cores vivas e diferentes texturas, em cuja camisola se encontra uma célula Braille gigante. Foi concebido para favorecer actividades e experiências que permitam o desenvolvimento educativo, afectivo e social dos meninos e meninas com necessidades educativas especiais por deficiência da visão, ou de qualquer criança no sentido da integração e inclusão. Contribui para a familiarização dos meninos com o alfabeto Braille. Permite aprender também o esquema do corpo, as noções espaciais, a configuração e estrutura da roupa, e pequenas tarefas como pentear e atar os sapatos. O boneco é acompanhado de um guia didático, um alfabeto em relevo e tinta, um pôster do alfabeto Braille e um saco colorido.
No site http://www.tiflotecnia.com/produtos/hardware/hardware.html além dos jogos acima podem ser encontrados produtos e serviços para a deficiência da visual como software e hardware adaptados. Vale a pena conferir!
 

** INICIATIVAS IMPAGÁVEIS **

A  ACERGS surgiu com a vinda de Lydia Moschetti da Itália. Ela nascida em Toscana, na Itália, em 1888 chegou ao Brasil com 18 anos de idade, com a mãe e 8 irmãos, o pai já viera antes. O sonho dela era ajudar pessoas com deficiência visual, promessa feita a um compatriota carente e desprovido de visão. Contava ela que ao vê-lo, ainda na Itália, num dia extremamente frio - cego e desassistido -, deu-lhe o lanche que levava, com a promessa de que haveria de ajudar as pessoas cegas, no dia em que pudesse.
Sempre teve uma personalidade forte e de muita iniciativa, indo contra a sociedade brasileira da época. Casou com o engenheiro Luiz Moscheti, italiano, representante da “Fiat” no Brasil e na América. O seu marido deixou o emprego e resolveram montar um negócio próprio. Na década de 30, o casal já tinha uma vida bem abasta, e Lydia lembrou-se da promessa feita ao compatriota italiano - cego, carente e desassistido. Fundou então o Instituto Santa Luzia, "Ginásio e Escola Profissional para Cegos", (em Porto Alegre, Av. Independência, 850/876), no dia 20 de setembro de 1941. A fundação do Instituto Santa Luzia representou o lançamento das raízes e os fundamentos sociais que permitiram o surgimento da Associação de Cegos do Rio Grande do Sul.
De 1941 a 1967, passou pelo Instituto Santa Luzia uma geração de alunos com deficiência visual, estudando e vislumbrando horizontes. Nesse período formaram-se as necessárias lideranças voltadas ao movimento associativista. Assim, 26 anos após a fundação do Instituto Santa Luzia, em 20 de outubro de 1967, foi fundada a Associação de Cegos do Rio Grande do Sul, cuja ata foi firmada por 99 associados-fundadores, em sua grande maioria, formada pela geração egressa do Instituto Santa Luzia.
Essa importante associação teve colaboração de muitas pessoas, sensíveis à causa e à promoção social das pessoas com deficiência visual.
A Associação de Cegos do Rio Grande do Sul foi fundada no dia 20 de outubro de 1967.
Os objetivos são promover o desenvolvimento e integração social das pessoas com deficiência visual.
·   A ACERGS é um exemplo de que é possível a concretização de sonhos juvenis, e que sonho e trabalho andam juntos com amor e dedicação até mesmo não existe o impossível.

“O objetivo do setor de Serviço Social é prestar atendimento técnico no que concerne as demandas originadas pelos usuários bem como as da própria instituição. Quando identificadas, realiza-se acompanhamento social que possa suprir as necessidades socioassistenciais dos usuários, é importante ressaltar que além dos sócios da instituição, o Serviço Social da ACERGS também presta atendimento aos familiares e demais pessoas com deficiência visual que necessitem do serviço. Além disso, o trabalho técnico realizado conta com a participação do setor de Psicologia e Psicopedagogia, compondo assim um atendimento interdisciplinar com vistas à obtenção de um trabalho de efetividade na garantia de direitos.”

           Ressaltamos ainda, o trabalho realizado na elaboração de projetos sociais visando à melhoria e extensão dos serviços prestados pela instituição ao deficiente visual.
Principais atividades realizadas:
·         Atendimento e acompanhamento de demandas socioassistenciais oriundas dos usuários e seus familiares;
·         Trabalho integrado com o setor de Psicologia e Psicopedagogia;
·         Encaminhamentos direcionados para a rede especializada de atendimento, quando há a necessidade;
·         Encaminhamento de consultas gratuitas com oftalmologistas voluntários;
·         Encaminhamento para consulta e tratamento gratuitos com dentista voluntário;
·         Participação em reuniões, conferências, seminários entre outros que visem a temática da pessoa com deficiência.
Os atendimentos são realizados nas quartas-feiras, no escritório da ACERGS (Rua General Andrade Neves, nº 100 5º andar – Centro – Porto Alegre/RS), no horário das 9h às 12h e das 13h às 14h45.
Abaixo relação das atividades paradespotivas praticadas dentro da ACERGS.

·      Judô
·      Goalball
·      Futsal
·      Atletismo
·      Xadrez

Equipes de Futsal e Judô da ACERGS.